Thursday, April 19, 2007

Como tudo aconteceu...



Estava previsto o Diogo nascer no dia 22 de Abril, quando completaria as 40 semanas e no último dia que a minha médica estaria de serviço. Eu tinha algum medo que ele nascesse sem que a médica estivesse presente, mas ela sempre me descansou, dizendo que nunca se iria desenrolar naturalmente, que teria de ser provocado. Combinámos ir ao Hospital fazer um registo no dia 19, Domingo de Páscoa, e assim foi, ás 9 horas já lá estava, a Dra observou-me, continuou a dizer que estava tudo muito "verde", sem sinais de contracções e com o Diogo muito subido. Fomos então almoçar, em nossa casa, um almoço de Páscoa espectacular, onde comi imeeeenso...
Depois de almoço comecei a sentir-me muito mal disposta e fui deitar-me, assim continuei até á hora do lanche, como tinha a casa repleta de faília levantei-me e fui fazer uns batidos de morango (sem querer ser convencida, os batidos são espectaculares). Continuei muito mal dispota e voltei a deitar-me, á hora de jantar disse ao meu marido que só queria um chazito e regressei á cama, entretanto rebentaram ás águas...nem queria acreditar, então ainda de manhã tinha estado no Hospital!
Metemo-nos no carro e lá fomos nós (o Hospital ainda fica a 30 m), dei entrada nas urgências ás 22h e 18m e logo que disse que achava que me tinham rebentado ás águas mandaram-me entrar de imediato. O enf, muito simpático, perguntou-me se estava a ser seguida por algum médico do Hospital, eu disse que sim, e ele respondeu vou já chamá-la pois ainda está de serviço, quando me disse isto respirei de alívio: a minha médica estava lá (já lhe tinha ligado mas ela não tinha atendido). Mal me viu disse-me logo que era falso alarme, mas quando me observou disse: "Minina"hoje o rapagão nasce! (ela é brasileira), entretanto chamou um colega, pois achava estranho o Diogo continuar muito subido e eu já com 6 dedos de dilatação, só o ouvi dizer que valia a pena tentar... Fiquei no gabinete da Dra até perto da meia-noite, ela viu a primeira roupinha do Diogo, conversámos e eu sempre com contracções suportáveis, disse-me que, como eu já sabia, durante a noite não havia epidural, mas que havia outras formas de aliviar a dôr.Depois comecou a pior parte, voltei a ficar muito mal disposta e a vomitar imenso. Fui então encaminhada para um dos quartos de parto, já com o meu marido ao lado,e ligada ao CTG, descontrolei-me muito pois não parava de vomitar. Por volta da 1 da manhã a Dra apareceu olhou para o CTG observou-me e só me disse: Não vamos esperar mais, vamos subir. Entrei em pânico, não estava a perceber nada, e o meu marido também não, ainda por cima só diziam que ele não podia ficar, porque aquela hora já não podia subir ao bloco operatório. Lembro-me do enfermeiro que me levou me ter tentado acalmar durante todo o percurso, e de entrar no bloco operatório onde já estava a minha médica a reclamar o porquê de tanta demora. E foi assim que ás 02 e 9 minutos nasceu o Diogo, de cesariana, com anestesia geral, tendo ficado com o Pai (o meu marido consegur ser muito persuasivo e deixarm-no lá ficar) até ás 4 da manhão, hora a que eu dei entrada na enfermaria.
Conclusão: Fui super bem tratada por todo o pessoal no Hospital, mas tenho a certeza que se não fosse a minha médica estar de serviço as coisas correriam de maneira diferente. Foi feita a cesariana porque o Diogo tinha o cordão enrolado no pescoço (duas voltas) e com a mãozita no meio, motivo pelo qual apesar de ter dilatação ele não descia. No dia seguinte o médico que me observou disse que nao percebia o porquê de não ter sido parto normal, com recurso a forceps ou ventosa. Tive muita sorte, a Dra não arriscou, e eu sinceramente penso que foi melhor assim, evitou sofrimento tanto para mim como para o Diogo.


3 comments:

Sonia said...

olá miga gostei muito de ler ao pormenor o nascimente do piolho... e assim a essa velocidade alucinante se passou um anito... que conte muitos e muitos
beijinhos

Simão said...

Ainda bem q a médica não arriscou e o piolhito nasceu de optima saúde

T said...

GRande aventura... Essa de cordão enrolado com a mão a atrapalhar pelo meio é realmente inédita... Realmente as nossas médicas são sempre o nosso pilar, né?
Bjs